segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Depoimento Wildes - 09 de agosto de 2007

Querido Leo

Já lhe falei um dia, mas não custa repetir: seu Pai passou pela Terra com uma certa pressa, mas por onde passava ía sempre deixando um rastro de alegria e de felicidade.Era otimista, e foi o que se diz hoje em dia, uma pessoa "pra cima"!

Há poucos dias Hilmar comentava sobre o fato de Issinho não ter vivido esta era digital, não como a vivenciamos hoje. Lembrei então de um comentário dele, quando esteve aqui pela última vez: "os pais hoje em dia são quase analfabetos digitais, se comparados aos filhos". Em seu olhar "distante" percebí que ele viajara até Brasilia, e que pensava em você.

Se ele estivesse por aqui ainda, pelo menos em corpo físico, iria dizer sorrindo: "finalmente Hilmar está fazendo no quintal, uma Biblioteca como a da Dinda!" (lembrando a era Collor de Melo).É, quando ele veio aqui em Stella Maris pela primeira vez, vendo nosso quintal e conhecedor dos livros acumulados por nós durante esta vida, especialmente Hilmar, lembrou logo da Biblioteca que Collor mandou construir nos jardins da "casa da Dinda", como chamava a casa de sua madrinha, aí em Brasilia.

Issinho tb fez planos para a cunhada: devido ao trabalho social que desenvolvi em Itabuna e redondezas, e ao conhecimento de pessoas, adquirido através do meu emprego, ele achava que eu deveria me candidatar a Vereadora. Só para começar. Se eu tivesse seguido seu conselho, poderia hoje estar aí em Brasilia, perto de vocês e longe do litoral, do qual quero tanto me afastar nestes tempos de aquecimento global.

Sempre que me vem à mente sua imagem, um sorriso brota em meus lábios e penso cá comigo: quando me for, quero também a leveza de um sorriso, na face dos que se lembrarem de mim.

Pois é, como Issinho queria, estamos agora fazendo a Biblioteca no quintal, mas vai faltar a linda queda d'água que tinha na "Casa da Dinda".Vai faltar também Issinho na inauguração...

Um forte abraço para você e familia, da tia Wildes

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