segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Biografia

Nascido no Sertão de Pernambuco, viveu, ainda na primeira infância, acompanhando a carreira de sua Mãe, um pouco em outros locais do Sertão, São José do Belmonte, Bodocó e Cristália, distrito de Petrolina, e finalmente na sede deste município, onde teve a sua formação básica, vivendo na casa construída em 1872 (provavlemente) por seus avós maternos e onde nasceram sua Mãe, Ivone e seus irmãos.



Hírcio Ismar nasceu a 9 de agosto de 1940, em Santa Cruz da Venerada, distrito de Ouricuri, Pernambuco, hoje município independente. De sua Mãe, Professora Ivone, filha do Cel. Marcelino José de Sant’Anna e Maria Francisca Sant’Ánna (Sinhazinha) , herdou o sobrenome Santana e do seu Pai, Hermes Araújo Ferreira, filho de José Gomes Ferreira (José Lino) e Josina de Araújo Ferreira (Santa) Santa, o segundo sobrenome, Ferreira.



Estudou Ginásio e Científico no Colégio D. Bosco, tradicional, da Diocese de Petrolina, dirigido por tanto tempo, inclusive no de Hircio, pelo Pe. Manoel de Paiva Neto. Em torno de 1957 foi campeão de Futebol na Liga Petrolinense de Futebol, que naquele ano voltou a se organizar. Foi Centro-Médio, posição que correspondia então à do príncipe Danilo, do Vasco e da Seleção. Seu treinador no Náutico (foto) campeão foi o grande Jalves, ex-atleta profissional do América Futebol Club, do Rio de Janeiro e, antes, do Botafogo, de Salvador.


Jalves era um zagueiro clássico, cotado para a Seleção Brasileira que disputou a Copa do Mundo de 1950, no Brasil. De 1963 a 1966 fez seu curso de graduação em Agronomia, na Escola de Agronomia da Bahia, em Cruz das Almas. Como muitos de sua turma, foi trabalhar na CEPLAC – Comissão Executiva do Plano de Recuperação da Lavoura Cacaueira, já no ano de 1967, dez anos depois de instituída aquela Comissão pelo presidente Juscelino Kubitschek. Iniciou-se na Profissão como Extensionista Rural, no Escritório Local de Ubaitaba.


Hircio teve toda a suas carreira na CEPLAC. Em Ubaitaba inciou-se nas lides extensionistas e técnicas da cacauicultura. E estabeleceu laços pessoais com colegas de trabalho e profissão e com pessoas da comunidade. Casou-se em 1970 com Yara Caffé Lima, tendo-lhe nascido os filhos Cláudia, em Itabuna, Bahia e Leonardo, em Petrolina, Pe. Foi trabalhar na Pesquisa Agrícola, no CEPEC - Centro de Pesquisas do Cacau, da mesma CEPLAC, na área de Economia Agrícola. Daí fez curso de Mestrado na Universidade Federal do Ceará – UFCe, em Economia Rural/Agrícola. Foi convocado para trabalhar no Programa de Cacau da Amazônia, sendo durante algum tempo um dos dirigentes daquele trabalho. Por conta disso, visitou e supervisionou os pólos cacaueiros da Amazônia Legal. Rondônia, Pará, Mato Grosso. Fixou residência em Belém do Grão Pará. Na etapa seguinte trabalhou em Brasília, na sede da CEPLAC. No Distrito Federal foi dirigente da CEPLAC e exerceu a função de Planejamento.

A 29 de novembro de 1995 veio a falecer em Brasília. Seus familiares já eram brasilienses. Leo e Cláudia ali se formaram. Junto com os pais, --Yara e Hircio,-- se acostumaram a amar Brasília. Todos apreenderam a lição do Candango. Que da solidão deste Planalto Central, grandes decisões nacionais serão tomadas. Mas pequenas e familiares também. E assim todos permaneceram em Brasília. Yara. Cláudia e Leo nas lidas integradas da vida humana. Hírcio, traspassado o mistério da transição, devolveu ao solo generoso de Brasília, ao ar generoso de Brasília os últimos elementos de que fez uso para cumprir suas tarefas. Mas ficou como lembrança viva e sutil nos muitos pontos em que traçou sua trajetória brilhante, alegre, construtiva, destemida. Hircio se foi no seu caminho confiante. Ficaram, com seus contemporâneos e na sua trajetória, lições de vida, fé, construções.

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